Santos do Mês de Outubro

Santos do Mês de Outubro
Blog Católico Apostólico Romano - registrar as histórias da vida dos santos do dia que a Igreja venera. "Os santos ensinam, com unanimidade, que o caminho da santidade é “fazer a vontade de Deus”. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade, que, acima de tudo queria fazer a vontade de Deus em todo tempo." Editora Cléofas

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

São João XXIII - 11 de Outubro


São João XXIII, o Papa do supremo zelo pastoral

Papa

Origens

Angelo Giuseppe Roncalli nasceu em 25 de novembro de 1881, em Sotto il Monte, Província de Bérgamo, Itália. Passou a infância na cidade natal, crescendo numa família rural de origens humildes. Em 1892, entrou no seminário de Bérgamo. Em 1895, começou a escrever as “notas espirituais”, que depois fariam parte do Giornale dell’anima.

Sacerdócio

Em 1900, foi enviado a Roma, onde se formou em teologia; em 1904, recebeu a ordenação sacerdotal. No ano seguinte, foi chamado pelo bispo Radini Tedeschi a voltar para Bérgamo, tornando-se o seu secretário, permanecendo ao seu lado até 1914, assimilando a sua vivacidade pastoral e o seu espírito reformador.

Diretor Espiritual

Depois da experiência da guerra, tornou-se diretor espiritual no seminário maior. Em 1921, transferiu-se para Roma a fim de desempenhar o cargo de presidente do conselho central da Obra da propagação da fé.

Patriarca de Veneza

A 3 de março de 1925, Pio XI nomeou-o visitador apostólico na Bulgária. Recebeu a ordenação episcopal a 19 de março sucessivo, escolhendo como lema “Oboedientia et pax”. No dia 17 de novembro de 1934, tornou-se delegado apostólico na Turquia e Grécia; e no dia 23, administrador apostólico do vicariato de Constantinopla. Depois, a 23 de dezembro de 1944, foi transferido para a França, onde foi núncio apostólico durante oito anos. Na conclusão do seu mandato, a 12 de janeiro de 1953, Pio XII criou-o cardeal e três dias depois nomeou-o patriarca de Veneza.

São João XXIII: o início do Pontificado 

Eleito Papa

Em 1958, após a morte do Papa Pacelli, participou no Conclave que teve início a 25 de outubro. Já com 77 anos, depois de onze escrutínios, foi eleito Papa na tarde do dia 28, com uma escolha que foi interpretada no sinal da “transição” no final do longo e difícil pontificado do Papa Pacelli.

Atualização do Código Canônico

Três meses depois, no dia 25 de janeiro de 1959, na basílica de São Paulo fora dos Muros, surpreendeu todos anunciando a intenção de convocar “um concílio ecumênico para a Igreja universal”, manifestando também a vontade de proclamar um Sínodo diocesano para Roma e de atualizar o Codex iuris canonici. Foi uma decisão inesperada e clamorosa, que suscitou uma repercussão vastíssima na opinião pública e orientou de modo preeminente todo o seu pontificado.

Pontificado

São João XXIII se mostrou profundamente radicado na dimensão pastoral e episcopal do serviço papal. Em cinco anos, multiplicaram-se as visitas e os encontros com os fiéis de Roma. Além disso, consolidou-se a internacionalização do colégio cardinalício e valorizou-se cada vez mais o papel dos episcopados locais.

O Final do Pontificado

A última Encíclica

São João XXIII dedicou também à paz a sua oitava e última encíclica Pacem in terris, publicada em abril de 1963. Precisamente naqueles meses as suas condições de saúde agravaram-se repentinamente devido ao aumento do tumor que lhe tinha sido diagnosticado no outono precedente.

Páscoa

Faleceu na noite de 3 de junho de 1963. No dia 18 de novembro de 1965, durante a última fase do concílio, o Papa Montini anunciou o início da causa de beatificação. Foi proclamado beato por João Paulo II a 3 de setembro de 2000.

Legado

São João XXIII, homem dotado de extraordinária humanidade, procurou derramar sobre todos, com sua vida, suas obras e seu supremo zelo pastoral, a abundância da caridade cristã e promover a união fraterna entre os povos; particularmente atento à eficácia da missão da Igreja de Cristo no mundo, convocou o Concílio Ecumênico Vaticano II.

Minha oração

“ Ao modelo do Bom Pastor, tu foste, à Tua semelhança, um papa bom. Cuidai do nosso atual pastor assim como dos bispos e líderes religiosos. Conduzi cada um deles à santidade e à bondade como eficácia pastoral. Amém.”

São João XXIII, rogai por nós!

Outros santos e beatos celebrados em 11 de outubro

Comemoração de São Filipe, um dos sete diáconos escolhidos pelos Apóstolos, que converteu a Samaria à fé de Cristo, batizou o eunuco da rainha Candace dos etíopes.
- Em Anazarbo, na Cilícia, na hodierna Turquia, os santos TáracoProbo e Andrónico, mártires. († c. 304)
- No território de Vexin, na Gália Lionense, na atual França, a comemoração dos santos NicásioQuirinoEscubículo e Piência, mártires. († data inc.)
- Em Verdun, também na Gália, hoje na França, São Santino, bispo, que, segundo consta, foi o primeiro a pregar o Evangelho nesta região. († s. IV)
- Comemoração de São Sármata, abade na Tebaida, no Egito, que foi discípulo de Santo Antão e morreu assassinado pelos Sarracenos. († 357)
- Em Uzés, na Gália Narbonense, na hodierna França, São Firmino, bispo, discípulo de São Cesário de Arles. († d. 552)
- Em Ossory, região da Irlanda, São Cánico, abade do mosteiro de Achad-bó, um dos muitos que fundou.(† 599)
- Perto da fortaleza de Schemárin, nas montanhas do Cáucaso, na Geórgia, o dia natal de Santo Anastásio, presbítero, apocrisiário da Igreja Romana e companheiro de São Máximo Confessor. († 666)
- Em Lier, no Brabante, actualmente na Bélgica, São Gumário, um soldado dedicado a Deus. († c. 775)
- Em Colônia, na Lotaríngia, na Alemanha, São Bruno, bispo. († 965)
- Em Gniezno, na Polónia, São Gaudêncio ou Radzim, bispo, irmão de Santo Adalberto, bispo de Praga. († c. 1011)
- Em Riga, hoje na Letônia, junto ao mar Báltico, a comemoração de São Meinardo, bispo. († 1196)
- Em Bolonha, na Emília-Romanha, região da Itália, o Beato Tiago de Ulm Griesinger, religioso da Ordem dos Pregadores. († 1491)
- Em Calosso d’Ásti, na Lombardia, região da Itália, o falecimento de Santo Alexandre Sáuli, bispo de Aleria. († 1592)
- Em Hanoi, no Tonquim, hoje no Vietnam, São Pedro  Tuy, presbítero e mártir. († 1833)
- Em Madrid na Espanha, Santa Maria da Soledade, virgem, que fundou a Congregação das Servas de Maria, Ministras dos Enfermos. († 1887)
- Em Barcelona, na Espanha, o Beato Ângelo Ramos Velázquez, religioso da Sociedade Salesiana. († 1936)

Fonte:
Causesanti.va
- Martirológio Romano
- Santiebeati.it
- Vatican.va

– Produção e edição: Melody de Paulo

– Oração: Rafael Vitto – Comunidade Canção Nova

São João XXIII


Pontificado 1958 a 1963

Comemoração litúrgica: 11 de outubro.

Também nesta data: Santos:  Jaime, Alexandre e Zenaide

Nasceu no dia 25 de Novembro de 1881 em Sotto il Monte, diocese e província de Bérgamo (Itália), e nesse mesmo dia foi batizado com o nome de Angelo Giuseppe; foi o quarto de treze irmãos, nascidos numa família de camponeses e de tipo patriarcal. Ao seu tio Xavier, ele mesmo atribuirá a sua primeira e fundamental formação religiosa. O clima religioso da família e a fervorosa vida paroquial foram a primeira escola de vida cristã, que marcou a sua fisionomia espiritual.
Ingressou no Seminário de Bérgamo, onde estudou até ao segundo ano de teologia. Ali começou a redigir os seus escritos espirituais, que depois foram recolhidos no "Diário da alma". No dia 1 de Março de 1896, o seu director espiritual admitiu-o na ordem franciscana secular, cuja regra professou a 23 de Maio de 1897.
De 1901 a 1905 foi aluno do Pontifício Seminário Romano, graças a uma bolsa de estudos da diocese de Bérgamo. Neste tempo prestou, além disso, um ano de serviço militar. Recebeu a Ordenação sacerdotal a 10 de Agosto de 1904, em Roma, e no ano seguinte foi nomeado secretário do novo Bispo de Bérgamo, D. Giacomo Maria R. Tedeschi, acompanhando-o nas várias visitas pastorais e colaborando em múltiplas iniciativas apostólicas:  sínodo, redação do boletim diocesano, peregrinações, obras sociais. Às vezes era também professor de história eclesiástica, patrologia e apologética. Foi também Assistente da Ação Católica Feminina, colaborador no diário católico de Bérgamo e pregador muito solicitado, pela sua eloquência elegante, profunda e eficaz.
Naqueles anos aprofundou-se no estudo de três grandes pastores:  São Carlos Borromeu (de quem publicou as Atas das visitas realizadas na diocese de Bérgamo em 1575), São Francisco de Sales e o então Beato Gregório Barbarigo. Após a morte de D. Giacomo Tedeschi, em 1914, o Pade Roncalli prosseguiu o seu ministério sacerdotal dedicado ao magistério no Seminário e ao apostolado, sobretudo entre os membros das associações católicas.
Em 1915, quando a Itália entrou em guerra, foi chamado como sargento sanitário e nomeado capelão militar dos soldados feridos que regressavam da linha de combate. No fim da guerra abriu a "Casa do estudante" e trabalhou na pastoral dos jovens estudantes. Em 1919 foi nomeado diretor espiritual do Seminário.
Em 1921 teve início a segunda parte da sua vida, dedicada ao serviço da Santa Igreja. Tendo sido chamado a Roma por Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para a Propagação da Fé, percorreu muitas dioceses da Itália organizando círculos missionários.
Em 1925, Pio XI nomeou-o Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou-o à dignidade episcopal da Sede titular de Areopolis.
Tendo recebido a Ordenação episcopal a 19 de Março de 1925, em Roma, iniciou o seu ministério na Bulgária, onde permaneceu até 1935. Visitou as comunidades católicas e cultivou relações respeitosas com as demais comunidades cristãs. Atuou com grande solicitude e caridade, aliviando os sofrimentos causados pelo terremoto de 1928. Suportou em silêncio as incompreensões e dificuldades de um ministério marcado pela tática pastoral de pequenos passos. Consolidou a sua confiança em Jesus crucificado e a sua entrega a Ele.
Em 1935 foi nomeado Delegado Apostólico na Turquia e Grécia:  era um vasto campo de trabalho. A Igreja tinha uma presença ativa em muitos âmbitos da jovem república, que se estava a renovar e a organizar. Mons. Roncalli trabalhou com intensidade ao serviço dos católicos e destacou-se pela sua maneira de dialogar e pelo trato respeitoso com os ortodoxos e os muçulmanos. Quando irrompeu a segunda guerra mundial ele encontrava-se na Grécia, que ficou devastada pelos combates. Procurou dar notícias sobre os prisioneiros de guerra e salvou muitos judeus com a "permissão de trânsito" fornecida pela Delegação Apostólica. Em 1944 Pio XII nomeou-o Núncio Apostólico em Paris.
Durante os últimos meses do conflito mundial, e uma vez restabelecida a paz, ajudou os prisioneiros de guerra e trabalhou pela normalização da vida eclesial na França. Visitou os grandes santuários franceses e participou nas festas populares e nas manifestações religiosas mais significativas. Foi um observador atento, prudente e repleto de confiança nas novas iniciativas pastorais do episcopado e do clero na França. Distinguiu-se sempre pela busca da simplicidade evangélica, inclusive nos assuntos diplomáticos mais complexos. Procurou agir sempre como sacerdote em todas as situações, animado por uma piedade sincera, que se transformava todos os dias em prolongado tempo a orar e a meditar.
Em 1953 foi criado Cardeal e enviado a Veneza como Patriarca, realizando ali um pastoreio sábio e empreendedor e dedicando-se totalmente ao cuidado das almas, seguindo o exemplo dos seus santos predecessores:  São Lourenço Giustiniani, primeiro Patriarca de Veneza, e São Pio X.
Depois da morte de Pio XII, foi eleito Sumo Pontífice a 28 de Outubro de 1958 e assumiu o nome de João XXIII. O seu pontificado, que durou menos de cinco anos, apresentou-o ao mundo como uma autêntica imagem de bom Pastor. Manso e atento, empreendedor e corajoso, simples e cordial, praticou cristãmente as obras de misericórdia corporais e espirituais, visitando os encarcerados e os doentes, recebendo homens de todas as nações e crenças e cultivando um extraordinário sentimento de paternidade para com todos. O seu magistério foi muito apreciado, sobretudo com as Encíclicas "Pacem in terris" e "Mater et magistra".
Convocou o Sínodo romano, instituiu uma Comissão para a revisão do Código de Direito Canónico e convocou o Concílio Ecuménico Vaticano II. Visitou muitas paróquias da Diocese de Roma, sobretudo as dos bairros mais novos. O povo viu nele um reflexo da bondade de Deus e chamou-o "o Papa da bondade". Sustentava-o um profundo espírito de oração, e a sua pessoa, iniciadora duma grande renovação na Igreja, irradiava a paz própria de quem confia sempre no Senhor. Faleceu na tarde do dia 3 de Junho de 1963.
Fonte: site do Vaticano - www.vatican.va
Em 27 de março de 2001,  um cardeal presente durante a abertura do ataúde do Papa João XXIII manifestou que seus restos estavam como se tivesse morrido ontem, depois de 38 anos de seu falecimento. "Nenhuma parte de seu corpo estava decomposta", declarou o cardeal Virgilio Noe, Pároco Maior da Basílica de São Pedro.  O corpo foi trasladado para um local mais acessível na Basílica.  Seu rosto luz tranqüilo, a serenidade que teve em vida ainda se mostra presente em sua expressão, numa urna de cristal exposta no Vaticano, a partir de 3 de junho de 2002.
Nota da RedaçãoO corpo do Papa João XXIII, por ocasião da sua  morte, foi submetido a técnicas químicas, não de embalsamação, pelo menos no sentido clássico, conforme declarou o próprio Prof. Gennaro Goglia, numa entrevista concedida ao semanário Família Cristã, em sua edição italiana. Uma das principais razões para a ação do processo (à base de formalina), foi a aplicação junto aos tecidos internos destruídos pelo câncer, isso para eliminar todas as bactérias locais.  Houve também aplicação de líquido especial que atingiu os capilares, havendo, em tese, a possibilidade da incorruptibilidade estar associada a uma técnica nova, criada pelo Prof. Goglia. Como não trata-se de embalsamação, mas de uma experiência casual,  há controvérsias entre o conceito de milagre e a preservação artificial dos tecidos.  O Certo é que,  não existe nenhuma parte do corpo com o mínimo sinal de decomposição ou eventual deformação.
Reflexões:
Pontificados de João XXIII e Paulo VI (Os Papas do Concílio).
O Papa da bondade (João XXIII),  assim como o Papa Paulo VI, enfrentou seríssimas dificuldades, especialmente no tocante  ao Concílio Ecumênico Vaticano II, já desde o seu advento e que seriam herdadas em seguida pelo seu sucessor. De fato, as perseguições não só persistem neste ponto,  mas avançam vertiginosamente no mundo cibernético com facetas diversamente absurdas. Em meio às grosserias desprovidas de autenticidade, sugerem o envolvimento desses dois pontífices com sociedades secretas e uma série de outros impropérios, cuja irracionalidade encerra maiores comentários a respeito.
Não obstante a ignorância humana e a maldade dos tempos,  aproveita-se material imundo para fins escusos,  dando-lhe, porém,  forma acadêmica com eloqüentes requintes para conquistar apreço didático e esmeroso respeito. Artifício que os católicos bem conhecem por outras deturpações históricas advindas desse tipo de proceder: Temas como inquisição e  heresias, que invadiram escolas e universidades de forma absolutamente distorcida, pelas mãos de professores de quinta categoria, desprovidos de inteligência ou raciocínio histórico-científico. Proporcionalmente são poucos,  mas subiram aos montes e soltaram ao vento as penas do saco.
Parte desse  leque de mentiras, mais brandas que as primeiras, porém, não menos graves, são as acusações relativas aos decorrentes disparates pós-conciliares, por ocasião do pontificado do Papa Paulo VI.
Nessa época, terrível para o Papa, muitos falsos pastores, interpretando erroneamente algumas deliberações eclesiais,   fomentaram uma espécie de insurreição dentro do clero, justamente no momento em que o mundo assistia a insana proliferação de movimentos tresloucados, marcados pela contracultura, agitações estudantis, levantes e bandeiras de liberdade e revolução.  A dialética do proletariado lhes dava carona na batalha dos "anos rebeldes" e o fenômeno atingiu proporções nunca dantes vista.
Alguns setores da Igreja,  queriam fazer acreditar, para a própria perdição,  que o Concílio Vaticano II fosse uma espécie de expressão paralela daquela ebulição social das décadas de 60 e 70. Da mesma sorte, grande fatia financiada pelo "capital" de Karl Marx, fazia o jogo do comunismo, que gozava sua fase áurea. Baseando-se em pontos de dúbia interpretação doutrinária, o "quanto pior melhor" satisfazia plenamente aos marxistas, que fincariam sua cunha logo depois, pelas mãos da insurgente teologia liberticida. Por tudo isso,  não erramos em afirmar que  nenhum outro Papa enfrentou situação semelhante em toda a história como o Papa Paulo VI. Momentos de extremo sofrimento pelos desatinos, loucura, dureza de coração, dentro e fora da Igreja. Constatação óbvia pelo desabafo que não conseguiu conter no peito: "Estão demolindo a Igreja!".   
Todavia, tentaram, mas não conseguiram, estender o mar de lama para dentro do Concílio. Não atingindo o intento, deturparam em seguida o sentido das normas promulgadas e investiram poderosamente. Para nós está claro que Paulo VI segurou com rédeas curtas, o máximo que pôde ao "cavalo indomado". Esta foi sua missão, assim como a do Papa João Paulo II, que sentiu na carne a opressão comunista, para derrubar o comunismo. Por isso, o Papa Bento XVI, por sua postura preservadora, é o Papa escolhido por Deus para restabelecer o rastro que sobrou tanto de uma luta como da outra. Este é o nosso parecer.
Voltando à questão,  sugere ignorância, quando não má-fé,  os ataques às deliberações firmadas pelos Padres Conciliares.  Na verdade, os abusos e as distorções foram geradas externamente,  mas aplicadas internamente por alguns bispos,  padres e religiosos que estavam com pesamento e coração "lá fora",  porém,  matutando o que iriam implantar "aqui dentro".  Macular o culto divino e implantar suas "novidades" à revelia de Roma, foi essa a intenção. Os abusos subseqüentes, como bola de neve,  atingiriam níveis quase  insuportáveis no que se refere às normas litúrgicas romanas.  Tanto isso é verdade que o Papa Bento XVI,  sem  infringir ou revogar um só ponto do Concílio Vaticano II,  recoloca agora o trem nos trilhos,  instituindo em toda a Igreja latina um só rito litúrgico, ou seja,  o antigo rito romano, seja pelo uso do Missal do Papa João XXIII, de 1962 (Missa em latim) ou do Missal do Papa Paulo VI, de 1970,  conforme Motu Proprio Summorum Pontificum, de julho de 2007.
O Santo Padre,  no momento atual, amarga a mesma dureza de coração e resistência, assim como seus predecessores. Salta aos olhos as incompreensíveis reações dentro de alguns setores do clero,  da mesma forma  barulhentos e não menos danosos. Após a publicação do aludido Motu Proprio, teve  bispo na Itália dizendo estar "de luto" pelo fato do Papa ter "sepultado as  determinações do Concílio Vaticano II".  Coisa de quem desconhece o teor das homologações conciliares, coisa de quem perdeu a noção de hierarquia,  de quem resiste à Autoridade da Igreja, de quem deturpa tudo para gerar confusão e divisão. E, assim,  a história se repete...
Nós, como católicos, devemos ter em mente algo bem cristalino: "Roma locuta, causa finita" - "Roma falou, causa encerrada".   Quem não acredita  na Autoridade divina do Papa, quem não acredita ser ele o Representante de Cristo na terra,  melhor arrumar a bagagem e procurar outra seita ou religião que se lhe adapte; elas existem aos montes por aí e em qualquer esquina.  Em se tratando da Igreja de Cristo, é melhor um conteúdo reduzido, porém, de qualidade, do que uma caixa repleta de frutos deteriorados.
Impossível declarar-se católico quem discorda do Trono de Pedro.
Fonte: Página Oriente em 2015

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