Santos do Mês de Outubro

Santos do Mês de Outubro
Blog Católico Apostólico Romano - registrar as histórias da vida dos santos do dia que a Igreja venera. "Os santos ensinam, com unanimidade, que o caminho da santidade é “fazer a vontade de Deus”. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade, que, acima de tudo queria fazer a vontade de Deus em todo tempo." Editora Cléofas

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Santo Alfredo, o Grande - 26 de outubro


Santo Alfredo, o Grande

O único rei inglês que possui o título de grande. Ele salvou a Inglaterra de sucumbir aos vikings dinamarqueses.

Alfredo nasceu em 849, em Wantage, Berkshire. Era filho de Ethelwulf, rei dos saxões ocidentais. Era o quinto filho, e por isso não tinha muita perspectiva de suceder ao trono. Foi se tornando erudito: visitou Roma duas vezes, em 853 e 855. Enquanto seus irmãos mais velhos subiam ao trono, as invasões pioravam. Desde 790 os vikings pilhavam nos litorais ingleses e seus rios. Colônias permanentes se estabeleceram ao longo do tempo, e em 867 os dinamarqueses conquistaram York, situando seu reino no sul da Nortúmbria. Invadiram a Ânglia Oriental e a Méssia. Seus exércitos se dirigiram para Reading em 870, e iniciou a tomada de Wessex. Nas planícies de Berkshire, enfrentaram uma força saxã do Rei Ethelred I, irmão de Alfredo, e o próprio Santo Alfredo. Foram derrotados, porém em 871 os vikings derrotaram os saxões em Basingstoke e no mesmo ano um novo exército dinamarquês desembarcou na Inglaterra. Só restava um reino independente: Wessex. Ethelred morreu, e Alfredo conseguiu chegar ao trono. Pagou para os vikings firmarem a paz durante cinco anos.

Os vikings invadiam as costas da Grã-Bretanha e saqueavam,
pilhavam e assassinavam monastérios e vilas.
Eram muito temidos por disseminarem o terror.

Em 876, voltaram os ataques a Wessex. Em um ataque surpresa no ano de 878, Chippenham (Wiltshire) foi conquistada. Os saxões se renderam ou fugiram. O rei Alfredo se refugiou em Somerset, estabelecendo um forte em Athelney. A partir daí, começou a comandar ações de guerrilha, através das quais conseguiu uma vitória decisiva na batalha de Edington, no mês de maio de 878. Descreve o bispo Asser: "Alfredo atacou o exército pagão inteiro lutando ferozmente de forma compacta e, pela vontade divina, posteriormente alcançou a vitória, realizou uma grande carnificina entre eles e os perseguiu até a sua fortaleza [Chippenham]... Depois de 14 dias, os pagãos foram levados às extremas profundezas do desespero pela fome, pelo frio e pelo medo, e buscaram a paz." Estrategista, selou a paz com os dinamarqueses com o Tratado de Wedmore, percebendo que não conseguiria expulsar os vikings do resto da Inglaterra. O rei Guthrum converteu-se ao cristianismo, e teve Santo Alfredo como padrinho. Assim, os dinamarqueses viraram fazendeiros da Ânglia Oriental. A Inglaterra estava dividida entre as terras do norte e do leste de Watling Street (uma antiga estrada romana ligando Dover a Londres). Essa área chamou-se Danelaw. A partilha deu a Alfredo o controle da Mércia Ocidental. Conquistou Kent em 885. Ele casou uma de suas filhas, Ethelflaed, com o regente administrativo da Mércia. Neste tempo, o rei já era casado com Eahlswith. Sua outra filha, Elfthryth, casou-se com o conde de Flandres. Flandres era o centro comercial na Europa, e possuía uma força naval significante.

Batalha de Edington. A arte acima, porém, possui erros
históricos crassos, como os chifres no capacete dos vikings.

Santo Alfredo retomou a ofensiva, conquistando Londres em 886. Essa conquista tornou possível a reconquista dos territórios dinamarqueses no reinado de Eduardo, o Velho, seu filho. Além disso, Alfredo reconstruiu velhos fortes e construiu muitos outros, guarnecidos. Além de reorganizar seu exército, criou uma marinha para expulsar os invasores navais.Em 892, resistiu a outro ataque vindo do continente. Em 893, com as relações cordiais que mantinha com Gales e com a Mércia, teve seu exército reforçado. Em 896, os dinamarqueses desistiram da invasão à Inglaterra. Três anos depois, em 26 de outubro de 899, morre, sendo sepultado na Abadia de Newminster. Deixou um legado de estudo. Traduziu textos do latim para o inglês, atraiu artistas estrangeiros para a sua corte e começou a escrever a Crônica Anglo-Saxônica, a grande fonte de informação sobre a História da Inglaterra nessa época. Sem dúvida, é um grande santo e foi um grande rei. É o Carlos Magno inglês.
Curiosidade: Ao fugir para Somerset, o rei parou na cabana de uma camponesa. Ela lhe pediu para que tomasse conta de alguns bolos que estavam assando numa fogueira. Alfredo estava absolto nos seus pensamentos, deixando os bolos queimarem. A camponesa o repreendeu, sem perceber que era seu rei. A partir daí a situação começou a melhorar.
Santo Alfredo, o Grande, rogai por nós!

Estátua de Santo Alfredo em Winchester.
Na sua inscrição: "O nome de Alfredo viverá enquanto
a humanidade respeitar o passado."
http://castelohistorico.blogspot.com.br/2013/10/santo-alfredo-o-grande.html

Santo Alfredo, o Grande

Rei de Wessex (849-901)
Alfredo é, a justo título, chamado “o Grande” porque é o efetivo fundador do Reino Unido anglo-saxão. Mas é, ao mesmo tempo, o modelo de rei cristão, que sobrepõe à própria glória o bem dos súditos, a prática dos conselhos evangélicos, a caridade.
Promoveu a cultura, preocupou-se com a instrução do povo e do próprio clero, ao qual forneceu, traduzidos por ele, os Diálogos de são Gregório Magno e o De consolatione philosophiae, do santo filósofo Severino Boécio. Não ganho a coroa da santidade de qualquer modo no campo de batalha, se bem que tivesse sido arrastado à guerra pelas contínuas e davastadoras incursões dos dinamarqueses.
Estes tinham conseguido, num primeiro momento, pôr em fuga seus soldados, e ele próprio, Alfredo, para escapar à captura, teve de refugiar-se num bosque. Nele reorganizou seu exército, preparando-o para a desforra. E em Edington, em 878, alcançou a definitiva vitória contra os invasores, cujo rei, Guthrum, converteu-se ao cristianismo, estabelecendo com Alfredo um tratado de paz que assegurou ao mesmo tempo a unidade do reino da Inglaterra e um rápido desenvolvimento da Igreja.
A recordação das empresas, mas também das virtudes não comuns do piedoso monarca, perdurou longamente na memória dos ingleses, que tiveram sempre grande devoção a este santo, mesmo depois da reforma de Henrique VIII.
Retirado do livro: 'Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente', Paulinas Editora.
http://www.paulinas.org.br/diafeliz/?system=santo&id=1062

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