Santos do Mês de Outubro

Santos do Mês de Outubro
Blog Católico Apostólico Romano - registrar as histórias da vida dos santos do dia que a Igreja venera. "Os santos ensinam, com unanimidade, que o caminho da santidade é “fazer a vontade de Deus”. Isto nos santifica porque nos conforma com Jesus, o modelo da santidade, que, acima de tudo queria fazer a vontade de Deus em todo tempo." Editora Cléofas

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

São Bruno - 06 de Outubro





Hoje, lembramos do santo que se tornou o fundador da Ordem dos Cartuxos com seus seis companheiros. Essa Ordem é considerada a mais rígida de todas as Ordens da Igreja, pelo exercício do silêncio, solidão, jejuns, penitências e orações, e que atravessou a história sem reformas e perdura até hoje na mesma radicalidade. Filho de família nobre de Colônia (Alemanha), nasceu em 1030. Quando alcançou idade, ele foi chamado pelo Senhor ao sacerdócio e se deixou seduzir. Amigo e admirado pelo Arcebispo de Reims, Bruno, inteligente e piedoso, começou a dar aulas na escola da Catedral desse local e chegou a estudar na escola catedralícia de Reins. Adquirido o grau de doutor e nomeado Cônego do Capítulo da catedral, foi designado em 1056 escolaster, isto é, Reitor da Universidade. Foi um dos maestros mais renomados de seu tempo : “(…)um homem prudente, de palavra profunda”.
Bruno encontra-se cada vez menos à vontade numa cidade onde existem muitos motivos de escândalo por parte do alto clero e, inclusive, do Arcebispo. Depois de ter lutado com sucesso contra esses problemas, Bruno experimenta o desejo de uma vida mais entregue exclusivamente a Deus. Em 1080, Concílio de Lyon, a ordem de Gregório VII, o Papa destitui definitivamente o arcebispo Manasés e ordena a sua expulsão de Reims. Ao voltar para sua cidade, Bruno recebe o convite para o arcebispado, mas recusa o cargo. Tornando-se cinquentenário e cônego, ele amadureceu na inspiração de servir a uma Ordem religiosa. Após curto estágio num mosteiro beneditino, retirou-se para uma região chamada Cartuxa, com a aprovação e bênção de São Hugo, Bispo de Grenoble, o qual lhe ofereceu um lugar. No mês de junho de 1084, o mesmo bispo conduziu Bruno e seus seis colegas (fundadores da Ordem) ao deserto do maciço montanhoso de Chartreuse (Cartuxa), que dará seu nome à Ordem. Ali constroem seu eremitério formado com algumas casinhas de madeira que se abrem a um corredor largo e comprido, que permite acesso, sem sofrer muito com as mudanças de clima e tempo, aos lugares de vida comunitária: a igreja, o refeitório e o Capítulo. Assim, eles viveriam em quartos chamados celas isolados, mas com esse corredor que dava acesso aos ambientes comuns. São Hugo os levou para esse local por conta de um sonho que ele teve. Nesse sonho, apareciam-lhe sete estrelas que caíam aos seus pés para, logo em seguida, levantarem-se e desaparecerem no deserto montanhoso. Após esse sonho, o Bispo recebeu a visita de Bruno, que estava acompanhado por seis companheiros monges. Ao ver os sete homens, o Bispo Hugo reconheceu imediatamente neles as sete estrelas do sonho e concedeu-lhes as terras. Nelas, São Bruno iniciou a Ordem gloriosa da Cartuxa, com o coração abrasado de amor por Jesus e pelo Reino de Deus.
Com os monges companheiros, observava-se absoluto silêncio, a fim do aprofundamento na oração e meditação das coisas divinas, nos ofícios litúrgicos comunitários, na obediência aos superiores, nos trabalhos agrícolas, na transcrição de manuscritos e livros piedosos. O lema da Ordem é: “Stat Crux dum volvitur orbis” (A Cruz permanece intacta enquanto o Mundo dá sua órbita), o que nos faz perceber que tudo passa nessa vida menos a salvação de Cristo na cruz, o mundo gira mas a cruz permanece.
Quando um dos discípulos de São Bruno tornou-se Papa (Urbano II), em 1088, logo o chamou para assessor e conselheiro em 1090. Além disso, quis lhe fazer arcebispo, porém, o santo recusou novamente. Um ano depois, pediu com insistência ao Sumo Pontífice e conseguiu voltar à vida religiosa, quando, juntamente com amigos de Roma, fundou, no sul da Itália, o Mosteiro de Santa Maria da Torre, nos bosques da Calábria. Lá veio a falecer, no dia 6 de outubro de 1101, tendo suas últimas palavras uma profissão de fé Eucarística: “Eu creio nos Santos Sacramentos da Igreja Católica, em particular, creio que o pão e o vinho consagrados, na Santa Missa, são o Corpo e Sangue, verdadeiros, de Jesus Cristo”. O corpo foi enterrado no cemitério de Nossa Senhora da Torre e foi encontrado incorrupto em 1515. Em 1514, Leão X autorizou aos cartuxos o culto do fundador. Logo, em 1623, Gregório XV libera o culto a toda a Igreja. O pensamento da morte e do inferno levou-o a fugir da glória e dos homens, mas a glória e os homens o seguiu mesmo depois da morte. Os seus discípulos espalharam-se pelo mundo inteiro, apregoando a santidade do Mestre e a glória do escudo das setes estrelas. Ásperas penitências, prolongadas vigílias, silêncio perpétuo com os homens e conversação incessante com Deus. À porta da cela dos Cartuxos, morrem os rumores do mundo e começa o limiar do céu.
Um depoimento de um de seus irmãos da Calábria: por muitos motivos merece Bruno ser louvado, mas sobretudo por um: foi um homem de caráter sempre igual (estável). De rosto sempre alegre e palavra modesta. Juntava a autoridade dum pai à ternura de uma mãe. Ante ninguém fez ostentação de grandeza, senão que se mostrou sempre manso como um cordeiro. Foi nesta vida, o verdadeiro israelita.
Tocamos aqui, ao que parece, um ponto essencial na atitude espiritual de nosso Santo: alegria, ação de graças. A carta aos monges da Cartuxa extravasava estes sentimentos: “Alegrai-vos, pois, meus caríssimos irmãos, por vossa ditosa sorte e pela liberal mão da graça de Deus para com vocês… Alegrai-vos por ter atingido o repouso calmo e seguro do mais resguardado porto, que não se concedeu a outros muitos pese a seus desejos e esforços”.
O amor à solidão, consagração total a Deus dedicando-se ao único necessário, firmeza de vontade, estabilidade e também sensatez, prudência, equilíbrio humano; natureza inclinada à amizade e à bondade, suavidade nas relações com seus inferiores; enfim, sólidas virtudes espirituais; todos esses rasgos se fundem num conjunto harmonioso que se manifesta pela igualdade de ânimo de São Bruno entre os seus. A raiz de tudo isso está na intimidade que teve sempre o Santo com Cristo.
São Bruno, rogai por nós!

Oração:

“Tu, que és meu Senhor, Tu, cuja vontade prefere à minha. Não me é possível contentar-me com palavras ao apresentar-te minha oração. Escuta meu grito que te suplica como um imenso clamor… Tu, de quem me constituis servo: Te rogo-te com insistência, até merecer atingir teu favor. Pois não almejo um bem da terra; não peço mais do que o que devo pedir: só a Ti… Tem piedade de mim! E como imensa é tua misericórdia e grande meu pecado, tem piedade de mim imensamente em proporção à tua misericórdia. Então poderei cantar teus louvores, contemplando-te, Senhor. Te bendirei com uma bênção que perdurará ao longo dos séculos; te louvarei com o louvor e a contemplação, neste mundo e no outro, como Maria, de quem nos diz o Evangelho, que escolheu a parte melhor. Amém!”

Referências:
chartreux.org/pt/origem.php
Livro Santos de cada dia – editorial A. O. – Braga

São Bruno

Santo Bruno
1030-1101
Fundou a Ordem dos monges Cartuxos
Sacerdote e fundador (1032-1101)

Educado na Alemanha (nasceu em Colônia, da nobre família dos Hartefaust), atuando na França e na Itália. Nomeado chanceler da diocese de Reims, denunciou o próprio bispo Manassés por simonia. Teve de refugiar-se em Colônia até o bispo ser deposto pelo Concílio de Lião.
Bruno voltou para a França e permaneceu sob a direção de são Roberto no ermo de Solesmes. Depois, com outros companheiros, procurou um lugar mais solitário para erigir seu mosteiro. Recebeu-o como doação do santo bispo de Grenoble, Hugo, um inteiro vale solitário chamado Cartuxa, nos Alpes do Delfinado.
Em 1078 nasceu a primeira cartuxa, que mais tarde será chamada a Grande Chartreuse, casa mãe dos cartuxos. Os monges alternavam a recitação do Ofício com os trabalhos manuais. Era o lugar ideal com que Bruno sempre havia sonhado. Mas nele ficou por pouco tempo.
Um de seus discípulos, tornado papa com o nome de Urbano II, chamou-o a Roma como conselheiro. Bruno levou consigo seus monges e adaptou como mosteiro as termas de Diocleciano, transformadas depois na grande basílica de Miguel Ângelo de Santa Maria dos Anjos.
Eram tempos de grande turbulência em Roma, e o partido vitorioso do antipapa obrigou Urbano II a refugiar-se no Sul. Bruno mandou novamente seus monges a Grenoble e, no séquito do papa, procurou, na Calábria, um lugar adequado para fundar uma segunda cartuxa.
Encontrou-o na localidade que hoje leva seu nome, serra São Bruno, no coração da Sila, “uma planície vasta e risonha, cercada de pastagens verdejantes e bordada de flores”, escreve Bruno a seus monges. “Esta paz que o mundo ignora é propícia para a alegria do Espírito Santo”.O duque das Apúlias e conde da Calábria, que lhe havia feito a doação do terreno, teve em troca a amizade e a preciosa guia do santo eremita.
Este, sentindo-se próximo da morte, reuniu em torno de si os monges e ditou sua profissão de fé no mistério trinitário e eucarístico. Morreu a 6 de outubro, dia em que é celebrado. Seu corpo, encontrado incorrupto em 1513, foi sepultado na atual cartuxa de serra São Bruno, província de Catanzaro. O santo é desde sempre invocado contra as possessões diabólicas.
Retirado do livro "Os Santos e os Beatos da Igreja do Ocidente e do Oriente", Paulinas Editora.
Fonte: Paulinas em 2015

São Bruno, Fundador da Ordem dos Cartujos

O sábio e devoto cardeal Bona, falando dos monges Cartuchos, cuja ordem foi fundada por São Bruno, e cujo instituto religioso está a cima de todos outros, os chama "o grande milagre do mundo: vivem no mundo como se estivessem fora dele; são anjos na terra, como João Batista no deserto".
São Bruno foi professor de filosofia e teologia na escola do Reims, onde manteve durante 18 anos, um alto nível nos estudos. Depois foi renomado chanceler na diocese pelo arcebispo Manasés, quem era um personagem indigno de levar esse alto cargo.
A Igreja considera a vida dos Cartuchos como o modelo perfeito do estado de contemplação e penitência. Entretanto, quando se estabeleceu no Chartreuse, não tinha a menor intenção de fundar uma ordem religiosa. Se seus monges se estenderam, seis anos mais tarde pelo Delfinado, isso se deveu, depois da vontade de Deus, a um convite que lhes formulou. O conde Rogelio, irmão do Roberto Guiscardo, deu de presente ao santo o fértil vale de La Torre, na diocese de Squilace. Aí se estabeleceu São Bruno com alguns discípulos.
O santo expirou no domingo 6 de outubro de 1101. Logo, os monges de La Torre enviaram um relato de sua morte às principais Iglesias e monastérios da Itália, França, Alemanha, Inglaterra e Irlanda, pois era então costume pedir orações pelas almas dos que haviam falecido. Esse documento junto com os "elogia" escritos pelos 178 que receberam o relato de sua morte, é um dos mais completos e valiosos que existem.
São Bruno não foi canonizado formalmente, pois os Cartuchos refutam todas as manifestações públicas. Entretanto, em 1514 obtiveram do Papa Leão X a permissão de celebrar a festa de seu fundador, e Clemente X a estendeu a toda a Igreja do ocidente em 1674. O santo é particularmente popular na Calabria, e o culto que lhe coleta reflete em certo modo o duplo aspecto ativo e comtemplativo de sua vida.
http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=102

São Bruno Abade, Confessor

NascimentoNo ano de 1035
Local nascimentoColonha (Alemanha)
OrdemDiocesana, fundador da Ordem eremítica Cartuxa
Local vidaCalábria
EspiritualidadeOrdenado sacerdote, passou 25 anos lecionando em Reims, na França. Após ocupar cargos importantes, como o de Reitor da Universidade de Reims e chanceler da diocese local, decidiu trocar tudo pela vida de monge eremita. Aos 50 anos de idade,Mais tarde foi chamado Papa Urbano II em Roma, que tinha sido seu discípulo em Reims, para o bispado. Mas são Bruno se recusou, explicando seu chamado interior. Com a ajuda de seis amigos construiu um pequeno mosteiro na Calábria, onde as celas eram isoladas umas das outras e os religiosos se encontravam somente no momento da oração. Era a adoção autêntica de uma nova forma de vida eremítica em um local deserto e árido do sul da França e assim aquela casa foi batizada como "A Grande Cartuxa". Mais do que um refúgio, era um local de total entrega a Deus, sob os lemas da pobreza, oração, trabalho, estudo. Depois de alguns anos, fundou a segunda Casa, porque já não comportavam os simpatizantes da vida ermitã. Foi nesta sua segunda fundação que veio a falecer.
Local morteCalábria (Itália)
MorteNo ano de 1101, aos 66 anos de idade
Fonte informaçãoSanto Nosso de cada dia, rogai por nós
OraçãoSão Bruno que adotastes como regra de vida a oração, o trabalho, o estudo, a pobreza, que fundastes uma ordem monástica para uma ainda maior intimidade com Deus, inspirai-nos também a uma vida contemplativa esquecendo-nos bem mais das ocupações terrenas e nos ocupando mais com nossa união cada vez mais íntima com nosso Deus e Criador. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.
DevoçãoÀ vida contemplativa, monástica para maior intimidade com Deus.
Outros Santos do diaOutros santos do dia: Santa Foy de Gascogne (padroeira dos Peregrinos e romeiros); Sogar, Renato e Romão (bispo); Fé (virgem); Erótida, Marcelo, Casto, Emílio e Saturnino (márts); Marno (bispo); Mª Fca das Cinco Chagas (virgem); Balduino (arceb); Comino e Godolfredo (abs).
Fonte: ASJ em 2015

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