São
Geraldo Majela
1725-1755
Redentorista (1725-1755)
Filho da modesta e pobre
família do alfaiate Majela, Geraldo nasceu no dia 6 de abril de 1725, numa
pequena cidade chamada Muro Lucano, no sul da Itália. De constituição física
muito frágil, cresceu sempre adoentado, aprendendo o ofício com seu querido pai.
Aos quatorze anos de idade ficou órfão de pai e,
com a aprovação da mãe, Benedita, quis tornar-se um frade capuchinho. Mas foi
recusado por ter pouca resistência física. Entretanto o jovem Geraldo Majela
não era de desistir das coisas facilmente. Arrimo de família, foi trabalhar
numa alfaiataria da cidade. Mais tarde, colocou-se a serviço do bispo de
Lacedônia, conhecido pelos modos rudes e severos, suportando aquele serviço por
vários anos, até a morte do bispo.
A forte vocação religiosa sempre teve de ser
sufocada, porque não o aceitavam. Com dezenove anos de idade, voltou para Muro
Lucano, onde montou uma alfaiataria. Recebia um bom dinheiro. Dava tudo de
necessário para sua mãe e suas irmãs, com o restante ajudava os pobres. Na
cidade todos sabiam que Geraldo dava o dote necessário às moças pobres que
desejavam ingressar na vida religiosa. E se preciso, conseguia a vaga de noviça.
Só em 1749, quando uma missão de padres
redentoristas esteve em Muro Lucano, Geraldo conseguiu ingressar na vida
religiosa. Tanto importunou o superior, padre Cafaro, que este acabou cedendo e
o enviou para o convento de Deliceto, em Foggia.
Enquanto era postulante, passou por muitas
tentações e aflições, mas resistiu e venceu todos os obstáculos. Professou os
primeiros votos, aos vinte e seis anos de idade, naquele convento. E
surpreendeu a todos com seu excelente trabalho de apostolado, simples, humilde,
obediente, de oração e penitência. Chegou a ser encarregado das obras da nova
Casa de Caposele; depois, como escultor, começou a fazer crucifixos. Possuindo
os dons da cura e do conselho, converteu inúmeras pessoas, sendo muito querido
no convento e na cidade.
Mas mesmo assim viu-se envolvido num escândalo provocado
por uma jovem que ele ajudara. Foi em 1754, quando Néria Caggiano, não se
adaptando à vida religiosa, voltou para casa. Para explicar sua atitude,
espalhou mentiras e calúnias. Para isso escreveu uma carta ao superior, na
época o próprio fundador, santo Afonso, acusando Geraldo de pecados de impureza
com uma outra jovem.
Chamado para defender-se, Geraldo preferiu manter
o silêncio. O castigo foi ficar sem receber a santa comunhão e sem ter contato
com outras pessoas de fora do convento. Ele sofreu muito. Somente depois que a
calúnia foi desmentida pela própria Néria, em uma outra carta, é que Geraldo
pôde voltar a receber a eucaristia e a trabalhar com o afinco de sempre na
defesa da fé e na assistência aos pobres. O povo só o chamava de "pai dos
pobres".
Mas a fama de sua santidade, curiosamente, vinha
das jovens mães. É que as socorridas por ele durante as aflições do parto
contavam, depois, que só tinham conseguido sobreviver graças às orações que ele
rezava junto delas, tendo o filho nascido sadio.
De saúde sempre frágil, Geraldo Majela morreu no
dia 16 de outubro de 1755, no Convento de Caposele, com vinte e nove anos de
idade. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres atribuídos à sua
intercessão, especialmente em partos difíceis. Em 1893, ele foi beatificado,
sendo declarado o padroeiro dos partos felizes. Em 1904, o papa Pio X
canonizou-o e sua festa litúrgica ocorre no dia de sua morte.
Texto: Paulinas Internet
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